A vida é um grande ciclo! Essa é uma frase muito comum, mas que, na prática, não corresponde à realidade.
Embora os estudiosos costumem se referir à trajetória do desenvolvimento humano como ciclo vital, termo proposto por Erikson, o entendimento adequado leva à ideia de que a vida é constituída por uma infinidade de ciclos, desde o nascimento até a morte.
Mas o que são ciclos de vida? Resumidamente, são períodos vitais que combinam fatores biológicos, psicológicos e sociais pra demarcar aquisições, transformações e perdas também.
Muitos desses ciclos fazem parte do desenvolvimento pautado pelas etapas biopsicossociais, como a passagem da infância pra adolescência, por exemplo. Outros, são resultado de nossas escolhas de vida, como no caso de uma mudança de carreira ou de cidade.
Finais de ciclo são sempre carregados de significado. Seja da ordem das etapas do desenvolvimento normal ou de uma mudança circunstancial das condições vitais, o final de ciclo acumulam aprendizados, ganhos e perdas nem sempre fáceis de elaborar psicologicamente.
Alguns ciclos são tão complexos de significado e carregados emocionalmente, como um divórcio ou uma aposentadoria, que podem dificultar a tomada de atitude que demarca o seu fechamento,
As dificuldades para fechar ciclos podem estar relacionadas a fatores de ordem objetiva, como a falta de condições financeiras, ou subjetiva, como a falta de autoconfiança.
Todavia, geralmente as dificuldades psicológicas para encerrar ciclos estão relacionadas a três medos: o medo da perda, o medo de assumir riscos e o medo do desconhecido.
O medo da perda se justifica pela associação entre encerramento de ciclo e separação, abandono ou morte. Já o medo de assumir os riscos se dá pelo receio de enfrentar novos desafios e exigências, o que se complementa com o medo do desconhecido.
Todavia, a negação do movimento e da impermanência, que é natural da vida, nos exclui a possibilidade de evoluir e desenvolver, desperdiçando, assim, experiência , valor e significado da existência
É na sucessão de ciclos da vida que se tem a chance e o privilégio de recomeçar. A cada encerramento, o balanço dos aprendizados, dos ganhos e das perdas é um legado valioso que impulsiona o desenvolvimento de novas habilidades de enfrentamento e de perspectivas de mundo.
Caso contrário, o medo da transformação e da sucessão dos ciclos favorece a estagnação e o sentimento de vazio existencial.
É aí que um psicólogo pode ajudar, e muito, independentemente da sua abordagem teórica, (comportamental, psicanálise, gestalt, existencial, etc), ou da modalidade terapêutica (contínua, intermitente ou de sessão única).
No meu caso, a Terapia de Sessão Única (TSU) tem ajudado muitos pacientes a movimentarem-se em direção a um novo ciclo com uma intervenção focalizada em uma questão por vez.
Ficou interessado? Tem algum final de ciclo que você acha que deve ressignificar? Então por que não marcar uma sessão com alguém que pode te ajudar a dar o próximo passo?